Embora a Lei da Reforma Trabalhista gere muita polêmica, divergências e discussão entre sindicatos, patrões, empregados, advogados e membros da Justiça do Trabalho, o tempo e as mudanças em cerca de cem dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho irão indicar os eventuais avanços e atrasos contidos no bojo da lei.
Alguns juristas acreditam que haverá uma diminuição significativa de diretos e garantias dos trabalhadores, razão pela qual foi realizado um grande movimento de rua nos setores sindicais contrários às mudanças.
Outros afirmam que as novas mudanças não retiram os direitos adquiridos e que o direito de livre negociação poderá gerar mais emprego, desingessar a burocracia e as rotinas de trabalho que seriam mais flexíveis com direito do trabalhador decidir sua carga horária.
Empresários também admitem que a nova Lei irá criar mais empregos porque abre novas relações como o trabalho intermitente, onde patrão e empregado decidem os dias trabalhados com direitos idênticos aos demais empregados; trabalho em casa, com custos como energia e equipamento bancados pelo patrão; nova jornada de trabalho; a opção da contribuição sindical e o fortalecimento das convenções coletivas fechadas entre sindicatos patronal e laboral.
Essas e muitas outras questões já estão valendo e somente o tempo irá configurar essa nova ordem trabalhista e suas consequências práticas.
Mas a economia dá sinais fortes de recuperação, a tendência do emprego é de alta, as vendas de final de ano prometem ser as melhores dos últimos anos e com os ventos a favor, todas as mudanças tendem a dar certo.